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O que é Constelação Familiar?

Se você já precisou fazer algum tipo de psicoterapia, sabe que precisamos lançar mão desse recurso quando queremos entender algo em nós, quando precisamos melhorar nosso sentir, pensar, agir e/ou reagir diante das situações que vivemos ou simplesmente quando queremos nos conhecer melhor. Existem diversas abordagens, todas nos impulsionando em busca de nosso equilíbrio e saúde mental.

Os conceitos por trás da Constelação Familiar:

A Constelação Familiar guarda paralelos com essa definição. Ela não é terapia, mas pode acelerar em anos o seu processo terapêutico. Ela é fenomenológica, ou seja, é o que acontece na sessão e é observável, que traz informação. Essas dinâmicas também atuam nos sistemas familiares independente da época, do local, da cultura ou do poder aquisitivo. É um recurso que podemos utilizar para entender como funcionamos e as dinâmicas que estão por trás de nosso comportamento.

 Explico: Bert Hellinger, alemão, ex-padre, psicoterapeuta e missionário na África, teve acesso a diversas técnicas e formas de atuação terapêuticas. De suas vivências, pesquisas, estudos e conhecimentos de diferentes autores (Filosofia, Grito primal, Psicodrama, Psicoterapia de grupo, Gestalt, Análise Transacional, Psicanálise, Análise do Script, Teoria dos Sistemas, Campos Morfogenéticos, Hipnoterapia e PNL, entre outras) e de um apurado trabalho de observação e experimentação, concluiu que estamos todos nós submetidos a três leis sistêmicas - ou Ordens do Amor - que regem os relacionamentos humanos: Pertencimento, Hierarquia e Equilíbrio entre o Dar e o Receber.

Ele observou que estamos todos imersos e submetidos a essas leis, da mesma forma que estamos com a lei da gravidade. Isso significa que independente de acreditarmos ou não na existência delas, elas agem sobre nós e afetam diretamente todos os nossos relacionamentos. Todos, sem exceção. Mais que isso, elas definem como será nossa inserção no mundo, como nos comportaremos na nossa vida profissional, como nos relacionaremos com o dinheiro, o sucesso, a prosperidade ou a ausência de todas essas coisas.

Daí você pode estar se perguntando: Como assim leis que tem tanto impacto sobre nossas vidas?

O que são essas leis e como elas agem sobre mim?

A primeira coisa que precisa ficar clara é que não somos seres sozinhos. Ninguém chegou aqui nesse mundo sem usar um homem e uma mulher como meio de transporte. Assim, esse homem e essa mulher que nos geraram são parte do nosso SISTEMA FAMILIAR, e não vou te enganar, todas as nossas questões começam e terminam com eles e com os demais membros de nosso sistema. É como se existisse uma grande teia, comum a todos, onde estamos todos conectados e através dela podemos acessar as informações de nossa linhagem.

Se é assim, então, quem faz parte do meu sistema familiar?

Na linha ascendente nossos pais, tios, avós, bisavós, trisavós, tataravós e assim por diante. Podemos ser afetados até nossa nona geração de ancestrais. Não importa saber quem nos afeta, ou com a dor de quem estamos conectados, importa apenas saber que existe uma dor a ser curada. Também fazem parte do nosso sistema nossos irmãos, filhos, netos, bisnetos, na mesma proporção que os ascendentes. E aqui, a notícia que importa é saber que dores não curadas lá atrás terão eco em mim e nos meus descendentes. E se não queremos nós sofrer o que quer que seja, o que então estamos dispostos a fazer para que nossos filhos, netos e bisnetos não sofram?

 Como as dores de um antepassado podem me afetar? Essa é a parte poética da história e que faz de nós miseravelmente pequenos e ao mesmo tempo divinamente gigantes: somos todos um. Estamos todos a serviço do nosso sistema familiar e temos muito menos liberdade e livre arbítrio do que imaginamos.

Lá atrás, nos primórdios da evolução humana foi necessário aos homens, para sobreviver, formar clãs. Não era possível sobreviver às feras, buscar alimentos ou proteger nossa vida individualmente. Ser clã era forma de sobreviver. E, como forma de sobreviver, essa informação passou a fazer parte do nosso DNA. Funcionamos melhor em grupo, assim a vida prospera. Isso gerou a lei do PERTENCIMENTO: todos de um mesmo sistema familiar têm o direito de pertencer. Por TODOS, quero dizer TODOS mesmo. Aquelas pessoas bacanas de nossa família e aquelas para as quais torcemos o nariz. O irmão genial, o distraído, o encrenqueiro e o que nasceu de outra mãe, o abortado, o natimorto, o tio rico e o tio louco, a tia suicida, ou o avô assassino. Todos, absolutamente todos pertencem. E como o Pertencimento é uma ordem, a Desordem é a Exclusão. Lá no passado as exclusões tinham como consequência a morte. Dessa forma o sistema tratou de prevenir as exclusões dando um jeito de fazer com que todos pudessem pertencer e ser vistos.

E que forma foi essa? Sempre que há uma exclusão seja por qual motivo for, algum membro de uma das gerações seguintes será tomado pelo sistema, como forma de compensar essa dor e fazer o excluído ser visto. E como o sistema faz isso? A forma mais comum são as doenças. Muitas doenças são causadas por desordens sistêmicas.

A outra ordem que precisa ser respeitada é a HIERARQUIA. Quem veio antes é maior e mais importante. Para o sistema, nossos bisavós são maiores que nossos avós, que por sua vez são maiores que nossos pais, que são maiores que nós. Nós somos maiores que nossos filhos e por aí vai. Sempre que alguém "menor" se arvora a tomar decisões, gerenciar ou administrar a vida de seus pais ou avós, desrespeitando as escolhas desses, sofre as consequências. No passado, o sistema entendeu que quem veio antes e sobreviveu, num ambiente tão hostil, tinha experiências e estratégias valiosas para levar a vida adiante. Dessa forma, esse passou a ser um princípio valioso a fazer parte da alma do sistema familiar - a Hierarquia ou ordem de Precedência. Dizemos que há uma desordem na hierarquia do sistema quando a pessoa não está no seu lugar. Colocar-se, por exemplo, como maior diante dos pais, ou menor ou frágil diante dos filhos são desordens recorrentes. Não é incomum encontrar pais com dificuldades de autoridade diante dos filhos, colocando-se como "amigos" dos mesmos, ou como "responsáveis" pelos pais, ou querendo decidir a vida dos mesmos, em situações onde isso não é necessário. Essas desordens trazem sérias consequências para o sistema. É comum, em situações como essas, encontrarmos filhos sem iniciativa, sem força para tocar a própria vida, ou ainda pais infelizes e sentindo-se incapazes de "resolver" as próprias vidas ou assumir o papel de pais, com autoridade.

A última das leis sistêmicas, ou ordens do amor, é o EQUILÍBRIO ENTRE O DAR E O RECEBER. Relativamente simples de entender, esse princípio tem dois níveis diferentes: entre pais e filhos ou entre iguais. Entre pais e filhos, não há equilíbrio possível. É simplesmente impossível aos filhos retribuírem aos pais o bem recebido - a vida. Assim, a única forma dos filhos retribuírem o bem que receberam é levando a vida adiante - ter sucesso profissional, ter filhos, prosperar, ser feliz. É a forma de atender à necessidade do sistema de preservação e evolução. A desordem seria ingratidão, exigências desmedidas, cobranças de coisas que não foram possíveis aos pais atender. E as consequências para o sistema e para os envolvidos ou tomados pelo sistema são situações de insucesso, estagnação profissional, depressão, ansiedade entre outras coisas.

Mas existe ainda o equilíbrio entre o dar e o receber entre iguais. Do que se trata, nesse caso? É o equilíbrio nos nossos demais relacionamentos - com parceiros amorosos, com amigos, com colegas de trabalho.

Dizemos que é entre iguais por que se trata da relação onde são todos "do mesmo tamanho".

Para que uma relação entre amigos prospere é necessário que sempre que um amigo dá algo (atenção, carinho, tempo), o amigo que recebe, retribui, dando um pouquinho mais, assim a relação cresce. Esse é o equilíbrio comum entre pessoas que habitualmente 'dão e recebem' nos relacionamentos. A desordem aqui seria aquele tipo de relacionamento que termina por que um dos lados só dá, ou só recebe. Esse desequilíbrio pesa e inviabiliza a relação. Ninguém consegue se relacionar de forma saudável com quem só sabe dar, ou mesmo com quem só sabe receber.

Já no relacionamento amoroso, quando um dos parceiros faz algo que desequilibra a relação e machuca o outro, para que o equilíbrio volte a se estabelecer é necessário um "pequeno revide". Seria mais ou menos assim: O parceiro magoado faz algo que sabe que o parceiro que feriu vai entender o desagrado. Algo que deixe claro o descontentamento, mas não seja grave o suficiente para colocar a relação em risco. Aqui é importante esclarecer que não cabe a compreensão de "PERDÃO". Segundo Bert Helliger o perdão desequilibra no momento em que deixa quem perdoa maior, em posição de superioridade diante do parceiro. Assim, o "revide" entra para colocar os parceiros em posição de igualdade e dessa forma o amor pode voltar a crescer.

Como acontece uma Constelação Familiar?

Podemos utilizar os conceitos e princípios da Constelação Familiar nos atendimentos individuais com bonecos como representantes ou âncoras, e esses atendimentos podem ser presenciais ou online, via Skype, Zoom ou até mesmo WhatsApp. Outra modalidade de atendimento é em grupo. Nesse caso, pessoas funcionam como representantes.

Durante a sessão de Constelação Familiar o cliente traz sua questão ou tema (aquilo que ele deseja trabalhar) e o terapeuta, junto com o cliente, escolhe os elementos envolvidos naquele tema e posiciona no espaço definido como CAMPO. A partir desse posicionamento passa-se à percepção e observação dos comportamentos e sentimentos de cada um dos elementos representados. Nos atendimentos individuais, cliente e terapeuta ocuparão os lugares de representantes, e trarão as informações. No atendimento em grupo são os demais participantes que são escolhidos e posicionados no campo como representantes que dão essas informações. São as sensações no corpo, os movimentos que fazem, como se comportam e/ou o que falam os representantes posicionados que trazem luz para as dinâmicas que estavam agindo de forma ocultas na questão do cliente.

Cada um de nós tem um lugar único e especial na vida e no sistema familiar. Saber qual é esse lugar e ocupá-lo, dar um lugar no coração a todos que pertencem ao nosso sistema, manter relações equilibradas e ser grato pela vida e por tudo o que aconteceu, da forma como aconteceu, dá força e ao mesmo tempo leveza à vida e promove paz, reconciliação e realização pessoal. Entender isso e usar como POSTURA DE VIDA é o que alguns chamariam de CURA.

Tem uma frase do filme Gladiador que diz: "O que fazemos agora ecoa no futuro". Que ecos ressoam sobre você e quais você quer deixar para os seus filhos e netos? Vamos romper, na medida do possível, com as repetições de dores, perdas, fracassos? Vamos olhar onde e de que forma o nosso sistema precisa evoluir? Vamos viver a abundância e prosperidade que merecemos? Vamos viver relacionamentos equilibrados leves e felizes?

A Constelação Familiar não promete nada e nem faz o trabalho por você. Ela apenas mostra o que está em desordem para que você vá lá e arrume a casa - quer dizer: seu Sistema Familiar.

A vida agradece. Vamos constelar?

 Eu sou Graça Guerra, terapeuta, facilitadora de Constelação Familiar e atendo particular ou no projeto social Terapia para Todos, do Arkamatra.

Marque sua consulta. Fone e WhatsApp – (61) 99976-2965

 

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